Pedágios: representantes vão levar reivindicações ao superintendente do DNIT

Data de publicação

29/11/2013

Data de atualização

03/12/13 12:00:00

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Audiência Pública dos pedágios | Crédito:

 

Falido. É assim que os debatedores da segunda audiência pública sobre pedágios consideram o atual modelo de concessão.


Nesta quinta, dia 28, a Câmara de Vereadores juntamente com a Câmara de Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços de Vacaria promoveu nova audiência sobre os pedágios. Em dezembro, as cancelas da Rodosul serão abertas. E a manutenção das BRs serão assumidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, DNIT.


“Temos que tomar providências a curto e longo prazo. Nesta audiência buscamos unir forças entre políticos, empresários, representantes dos órgãos de segurança, do DNIT local e a comunidade para apontarmos o que queremos” disse Alessandro Dalla Santa, PSB, Presidente da Comissão especial dos pedágios. Alessandro fez a abertura do evento com uma notícia: “Ontem, em Mato Grosso, foi aprovada uma concessão onde são pagos R$ 2,63 a cada 100 km” explicou.


Antônio Flávio Maciel, Presidente da CIC diz que os empresários vacarienses querem um modelo mais justo de pedágio. “Sabemos que o pedágio é um mal necessário. Mas precisamos  garantir melhorias” afirmou.  “Cheguei a ouvir que era bobagem debatermos sobre os pedágios já que a decisão vinha de cima para baixo, que já estava tudo decidido. Não acredito nisso. Acho importante nos unirmos. Juntos, seremos ouvidos pela cúpula, por quem decide” salientou.


O Deputado Estadual Gilmar Sossella, PDT que acompanha o debate no Estado e no Brasil, participou da audiência compartilhando informações. “Na época em que as concessões foram feitas, há 15 anos, circulavam no Rio Grande 1,8 milhão de veículos. Hoje são mais de 5 milhões e temos praticamente as mesmas rodovias. Não sou contra o pedágio. Eu sou a favor de uma nova licitação que contemple a duplicação de estradas, por exemplo” afirmou.


A principal preocupação dos debatedores era em relação à manutenção das rodovias. O empresário Antônio Joildo apresentou outra preocupação: a segurança. “Em caso de um acidente, quem vai prestar socorro? Estamos falando da vida humana. É o nosso filho que vai a Caxias. Não podemos tratar a vida humana como a estatística” salientou. Comentou ainda sobre os cuidados dentro do perímetro urbano:  “A nossa cidade está jogada às traças em relação à 285 e à 116. Não temos segurança para uma criança atravessar a rodovia.”


Joildo foi bastante crítico, principalmente em relação à eficiência do Poder Público. Na sua opinião, o Governo não tem planejamento de trabalho, apenas político.  “Não temos planejamento no Governo Federal, Estadual e Municipal. Não houve um planejamento dessa transição concessionárias  x DNIT. O DNIT vai pegar uma bomba” ressaltou.


O deputado Sossella lembrou que o DNIT tem trabalhado com eficiência no trecho Lagoa Vermelha e Passo Fundo. Daniel Bencke, engenheiro do DNIT, explicou que o Departamento fará exclusivamente serviços de manutenção. Comentou, inclusive, que tem feito projetos antecipados para que quando recebam a determinação do Ministério dos Transportes para que assumam as rodovias, possam atendê-las imediatamente.


Rodrigo Pizzolatto, chefe da 6ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal mostrou preocupação com os prazos. “O DNIT tem nos atendido muito bem na região. Mas o que me preocupa é o tempo que vai levar para que as rodovias sejam devolvidas ao Governo e repassadas ao DNIT. Rodrigo trouxe para o debate a questão da mobilidade urbana.  “O problema da RS 285 é o tráfego de Vacaria. Mesmo com o anel viário o problema de mobilidade vai perdurar. O Executivo Municipal precisa estudar medidas internas” salientou.


O Comandante do Corpo de Bombeiros, Edson Bittencourt falou do resgate. Usou seu espaço para denunciar a situação do quartel. “Sinto-me até constrangido de falar. Mas somos em apenas 10 bombeiros para atender 10 cidades. Há 20 anos, éramos em 54 profissionais. Nós que socorremos tanta gente, estamos precisando de socorro” disse. “Eu não sou a pessoa mais indicada para responder a questionamentos sobre resgate e socorro. Aqui estava o Deputado  que poderia falar por mim” disse Edson. O Corpo de Bombeiros é mantido pelo Governo do Estado. Nos últimos anos, suas condições de trabalho tem sido precárias e o efetivo, reduzido.


Os vereadores Dagmar Dengo, Jane Andreola Oliboni, Marcos Lima, Osnir Domingues e  Valdecir Panisson também participaram da audiência. Marcos Lima, PTB é a favor dos pedágios. Elogiou a proposta que a Rodosul apresentou para permanecer trabalhando. “Precisamos rever valores, rever ações dentro do perímetro urbano. Sabemos que a privatização tem sido o melhor caminho encontrado na administração de muitos setores no país” salientou.  Já, Jane Andreola considera os pedágios como algo imoral. “A situação está tão ruim que concordamos até em pagar pedágio. Já pagamos tributos que chega. Os impostos seriam suficientes se não houvesse desvio de dinheiro e  os órgãos executassem aquilo que já é sua atribuição.”


Ao final de quase três horas de debates, ficou determinado que um grupo de representantes local visitará o superintendente do DNIT no Rio Grande do Sul, Pedro Luzardo. “Antes mesmo que o DNIT comece a trabalhar é importante Luzardo saber que estamos organizados e que estamos há 15 anos sem melhorias. Vamos levar até ele as nossas reivindicações” encerrou Alessandro Dalla Santa.

 

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