Audiência Pública apresenta diagnóstico inédito sobre a população animal em Vacaria

Data de publicação

03/11/2025

Data de atualização

03/11/25 10:25:34

A partir dessa amostragem, foi projetado que Vacaria tem entre 886 e 2.106 animais em situação de rua, com uma média estimada de 1.496

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O encontro teve como foco a apresentação do relatório da estimativa populacional de animais em situação de rua, elaborado pelo Instituto Arcanimal | Crédito: Saulo Vargas

O plenário da Câmara de Vereadores sediou uma audiência pública que marcou mais um passo importante no fortalecimento da causa animal no município. O encontro, presidido pelo vereador Carlos Zibetti (União Brasil), teve como foco a apresentação do relatório da estimativa populacional de animais em situação de rua, elaborado pelo Instituto Arcanimal.

A presidente da entidade, Carine Zanotto, conduziu a exposição dos dados e explicou que o levantamento dá continuidade ao diagnóstico apresentado na primeira audiência pública, realizada anteriormente no Legislativo. “Na ocasião, identificamos cerca de 967 animais entre cães e gatos sob os cuidados de ONGs e protetoras, dos quais 21% ainda não estavam castrados. Agora, avançamos para uma estimativa de quantos vivem efetivamente nas ruas de Vacaria”, destacou.

Segundo o novo estudo, o trabalho de campo percorreu 69 dos 260 estratos censitários do município, metodologia baseada em dados do IBGE, utilizando ferramentas digitais como o Kobo Collect e o MapMaker para registro fotográfico, geolocalização e observação das condições dos animais. A partir dessa amostragem, foi projetado que Vacaria tem entre 886 e 2.106 animais em situação de rua, com uma média estimada de 1.496.

Somando-se aos cerca de mil animais atualmente acolhidos por ONGs e protetoras, o município teria um universo aproximado de três mil animais que necessitam de castração, vacinação ou adoção.
Carine ressaltou que o levantamento é pioneiro no Rio Grande do Sul, pois aplica um método científico de estimativa populacional até então inexistente em outras cidades. “É um trabalho inovador, que permitirá direcionar políticas públicas com base em evidências e não em suposições. O dado real transforma o problema em algo possível de ser resolvido”, afirmou.

O relatório também revelou que 80% dos animais em situação de rua não estão castrados e que há predominância de machos, além de apontar três bairros com maior concentração populacional — Municipal, Kennedy e Barcelos — considerados prioritários para ações emergenciais de castração.

Entre as propostas apresentadas pela Arcanimal estão:
*criação de um cadastro municipal de protetoras e lares temporários;
*realização de mutirões de castração nos bairros mais críticos;
*fortalecimento das ONGs e protetoras independentes, por meio de apoio institucional e parcerias;
*campanhas de conscientização sobre guarda responsável e vacinação;
*e a criação de um conselho municipal e fundo específico para a política pública de bem-estar animal.
 
O vereador Carlos Zibetti, que integra a Frente Parlamentar da Causa Animal, destacou o caráter técnico e colaborativo do levantamento. “Esses dados vão orientar o trabalho do poder público, do DEMA e do nosso veterinário municipal. O que a Arcanimal apresentou aqui é um instrumento fundamental para que possamos melhorar o bem-estar dos animais e controlar de forma ética a população de rua”, afirmou.
Ao final da audiência, os participantes reforçaram que o estudo representa um marco na construção de uma política pública municipal estruturada e permanente. “Agora que temos os dados, começa a parte mais importante: transformar essas informações em ações concretas”, concluiu Carine.

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